Madrid: Dia 3

 (Podem ler aqui o post relativo ao 1º dia e ao 2º dia)

O que é bom acaba sempre muito rápido e foi isso que eu senti quando acordei em Madrid, no último dia. Queria ficar mais tempo, conhecer mais... E esse sentimento cresceu desde que regressei, porque me tenho apercebido que ficaram mesmo muitas coisas por ver, por isso quero voltar daqui a uns tempos. Foram 3 dias muito bons, que plantaram em mim e nas minhas amigas o bichinho de continuarmos a viajar e a conhecer mais sítios novos - queremos, pelo menos, uma viagem por ano, será que conseguimos? Aguardem as cenas dos próximos capítulos... Ahahah!

Bem, o terceiro e último dia, que foi um domingo, brindou-nos com uma cidade muito fria (foi o mais frio dos três dias) e estranhamente tranquila, quando comparada com os dois dias anteriores, cheios de gente por todo o lado. Tivemos de fazer o checkout às 9h, mas deixámos as mochilas na pensão até meio da tarde, para podermos passear à vontade durante o dia sem andarmos com o peso às costas. Assim, apanhámos o autocarro até ao Santiago Barnabéu. Apesar de não termos comprado bilhete para visitar o estádio - algo de que nos arrependemos muitíssimo (mas já vos explico porquê) - quisemos ir visitar a envolvência do estádio e a loja oficial. E por que é que nos arrependemos de não visitar o estádio? Bem, na altura, tínhamos pensado que a entrada era cara e tal e que ficávamos contentes com visitar o exterior, mas depois de lá chegarmos, constatarmos que o estádio é basicamente um mono enorme cinzento (que nem diz em lado nenhum o nome do estádio) e vermos as imediações do estádio todas em obras (mal se podia circular junto ao estádio), concluímos que o dinheiro do bilhete para entrar teria sido muito mais bem empregue do que aquela viagem só para ver um estádio em obras. Acabámos por visitar a loja (que é mais pequena do que eu imaginei) e circular ali nas ruas adjacentes, parando na Panaria para tomar o pequeno-almoço. E aqui fica a dica de irem a esta pastelaria/padaria se visitarem esta zona, porque tomámos o pequeno-almoço (menu) por 2,95€ - o que incluía duas torradas enormes com um pacotinho de manteiga e outro de doce e ainda um café (já se sabe que o café não é como o nosso, mas pronto) -, um preço que nem em Portugal existe. Não comemos mais nada, mas tudo tinha super bom aspeto, por isso recomendo!

Quando estávamos a planear a nossa viagem, cedemos aos vídeos do TikTok e deixámo-nos encantar pelos vídeos de um "museu" bastante diferente, que é uma "aventura interativa" e que apela à imaginação, onde se reúne o conceito de arte, com o espaço e doces num lugar único e divertido de experiências inovadoras - o Sweet Space Museum. Os vídeos convenceram-nos e ficámos mais convencidas quando conseguimos comprar os bilhetes a um preço significativamente mais barato do que o normal (comprámos por 12€, quando, normalmente, custam 19€ para adultos). O museu fica dentro do Centro Comercial ABC Serrano e é composto por algumas salas temáticas cheias de cor, com exposições de artistas que inspiram a imaginação, a criatividade, a conexão e com um toque de doces. Apesar de termos marcado para as 12h, entrámos um bocadinho antes e o grupo foi guiado, inicialmente, por uma funcionária que explicou o conceito do museu e explicou as duas primeiras salas. As salas são, efetivamente, muito giras e coloridas, dão para tirar fotos muito engraçadas e há o bónus de eles oferecerem doces diferentes para experimentar em diferentes salas, mas... Honestamente, acho que não vale o preço do bilhete. A visita é curtinha e acho que acaba por ser mais direcionado para as crianças do que para os adultos. Foi engraçado, mas, se fosse hoje, não teríamos gasto o dinheiro neste museu e preferíamos ter escolhido outro, por isso fica aqui a dica e a minha opinião.

Como estava na hora de almoço, quando saímos do museu, escolhemos o nosso local de almoço com base no desejo que tínhamos de provar ovos rotos no seu país de origem, por isso voltámos a apanhar o autocarro, desta vez, até à zona do Paseo del Prado, onde decidimos almoçar no restaurante Los Rotos Madrid. O restaurante é pequenino e com um ar vintage e a comida era muito boa. Provámos três tipos de ovos rotos (ou huevos revueltos) que vinham em pequenas frigideiras (às quais eles chamam sartén). Decidimos pedir três para dividir entre todas e escolhemos os "tradicionais" com bacon e queijo, uns de bolonhesa e outros de carbonnara - os três estavam muito bons e também ficámos curiosas com outras coisas que vimos a ser servidas noutras mesas. Tem imensa variedade de tapas, com ótimo aspeto e os preços são acessíveis, por isso recomendo!

Depois de almoço, seguimos caminho a pé pelo Paseo del Prado, onde o trânsito estava fechado porque tinha havido uma manifestação, por isso dava para caminhar tranquilamente, aproveitando o sol para desfrutar da vista lindíssima. Voltámos a passar pelo Palácio de Cibeles, desta vez, um bocadinho mais de longe, o que nos permitiu admirar melhor a sua magnitude e beleza. Seguimos para o Paseo de Recoletos, onde fica um enorme mercado de Natal (cerca de 130 barraquinhas, se não me engano) que fomos visitar. Tinha coisas super giras, mas não só não tínhamos espaço nas malas, como não podíamos gastar muito dinheiro e, como se tratava de artesanato, era tudo um bocadinho caro. Seguimos depois até ao Jardin del Descubrimiento, para ver outra feirinha de Natal e, depois, seguimos pelas ruas adjacentes, cheias daquelas lojas de luxo nas quais nem ousámos entrar, até ao El Retiro, onde ficámos a descansar e a aproveitar o sol durante um bocadinho.

Por fim, regressámos à Gran Vía para comprar algo para jantarmos no aeroporto, demos uma última volta por ali e fomos resgatar as nossas coisas à pensão, decidindo ir até ao aeroporto mais cedo do que o previsto porque estava realmente muito frio e, com o sol a encobrir-se, estava a ficar ainda pior. Apanhámos um metro e um autocarro para chegarmos ao aeroporto e só tenho a dizer que a experiência no aeroporto de Madrid foi super tranquila. Estava à espera de ser muito confuso, devido à quantidade enorme de pessoas, mas o processo de controlo de segurança foi todo relativamente rápido, conseguimos ver logo qual seria, mais ou menos, a zona da nossa porta de embarque, onde esperámos até indicarem o número correto (após terem mudado a hora de saída mil vezes, porque ora atrasava uns minutos ora adiantava uns minutos) e depois todo o processo de entrada no avião também foi super rápido e tranquilo. Houve só um pequeno percalço na descolagem, porque o avião estava prestes a descolar e o piloto teve de travar porque recebeu ordens para tal, mas, de resto, foi tudo mais ou menos tranquilo, mesmo com o mau tempo à chegada a Lisboa.

Foi uma viagem mesmo boa, acho que Madrid é uma cidade muito gira, com imenso que ver, coisas sempre a acontecer e é indicada para quem gosta do ritmo frenético da vida de cidade, com imensa gente. Acho que vale muito a pena vir nesta altura, porque a cidade fica muito linda com as decorações todas de Natal e há imensos mercadinhos para visitar. 

Agora que entrei no mundo das viagens, já só consigo pensar na próxima! Quero mesmo aproveitar para viajar, conhecer sítios novos, viver novas experiências e criar memórias. Que destino me aconselham a visitar da próxima vez?