Madrid: Dia 2

 (podem ver o post relativo ao primeiro dia aqui)

Terminámos o primeiro dia de viagem a ir dormir cedinho, por isso, no dia seguinte, acordámos por volta das 9h e tomámos o pequeno-almoço no quarto, uns croissants com chocolate que comprámos no dia anterior do Supercore (do El Corte Inglés). Pequeno-almoço tomado, lá nos pusemos novamente a caminhar e a descobrir as ruas lindas de Madrid. A primeira paragem foram os 100 Montaditos, porque somos portuguesas e andávamos à caça de um bom café, mas não foi desta - apesar do aspeto ser semelhante ao de um café dos nossos, o sabor estava bem longe e custou 1,20€, por isso não recomendo, de todo.




Voltámos a passar pela Puerta del Sol, desta vez, para vermos com mais atenção a estátua equestre de Carlos III, e seguimos até ao famoso Mercado de San Miguel. Antes de falar do mercado em si, há que fazer a ressalva de que lá fomos a um sábado, em época natalícia, e, por isso, estava completamente cheio, era dificil caminhar pelos corredores e ver as diversas banquinhas porque estava mesmo muita gente - e piorou com o aproximar da hora de almoço. Acredito que, durante a semana, seja um pouco mais tranquilo, mas, seja como for, recomendo muito que vão, porque o mercado é muito giro, a comida tem ótimo aspeto e podem sempre escolher de entre uma enorme variedade de tapas e não só para comer. Ficámos tão encantadas com o mercado e tinha tudo tão bom aspeto que decidimos ir dar uma volta e depois regressar para almoçar - escolhemos duas "tasquinhas" diferentes, numa das quais comemos uma espécie de "pão com chouriço" bem diferente do nosso, mas que não me lembro de melhor comparação nem do nome, mas a massa era mais fininha e tipo envelope e, no meu caso, comi com queijo e bacon; depois, fomos provar três taco bowls de sabores diferentes que eram mesmo muito boas; para terminar, comemos uma tacinha de fruta que soube às mil maravilhas.. Ficámos saciadas e acabou por não ficar muito caro, mas também não fomos propriamente às "tasquinhas" mais caras. Deixo só aqui a nota de que o mercado tem mesas e balcões no seu interior, contudo, no nosso caso, como estava muito cheio e estava bom tempo, acabámos por comer no exterior, sentadas no pequeno muro do mercado.




Apesar de já vos ter falado do almoço, antes de almoçarmos ainda fomos dar mais umas voltas e explorar as praças e ruas à volta. Parámos a apreciar a Plaza de la Villa, onde se situou até recentemente a Câmara Municipal de Madrid. A praça é rodeada por vários edifícios históricos e antigos muito bonitos e contém um monumento de homenagem a Don Álvaro de Bazán's.



Aproveitámos também a manhã para comprar os souvenirs e deixo aqui uma dica: as lojas que ficam ligeiramente mais afastadas da zona mais movimentada têm coisas um bocadinho mais baratas, por isso sugiro que façam um "estudo de mercado", visitem várias lojas para sondarem os melhores preços, porque eu consegui comprar imans a 1€, coisa que nem em Portugal é possível.


Depois de almoço, passámos pela igreja da Paróquia de San Gines, na Calle de Bordadores, e seguimos pela Plazuela de San Ginés, onde fica a famosa chocolataria, passando pelo Teatro Eslava até voltarmos à Gran Vía. De lá, continuámos a caminhar no sentido contrário, passando pelo Banco de Espanha e pelo Cuartel General del Ejercito até chegarmos à Plaza de Cibeles, uma rotunda onde existe uma fonte e uma estátua da deusa Cibele a conduzir uma carruagem puxada por dois leões. É nessa praça também que se localiza o Palácio de Cibeles, que é possível visitar e que tem exposições temporárias, mas onde não entrámos (a entrada é paga). Apesar de não termos entrado, o exterior do palácio é mesmo muito bonito e imponente, vale a pena a passagem.



Dali, seguimos para uma das grandes desilusões da viagem, a Puerta de Alcalá - um monumento que fica na Plaza da Independencia e que é uma espécie de Arco do Triunfo e que nas fotos parece muito bonito, mas, quando chegámos, estava em obras e a maior parte dele estava coberto com uma tela com a imagem do arco impressa. Resumindo e concluindo, seguimos caminho e entrámos nos maravilhosos jardins do Parque El Retiro - um dos meus sítios favoritos de Madrid. Os jardins são muito bonitos, além de serem gigantes, têm muito que ver e por onde passear. É um sítio extremamente agradável, com bancos onde se podem simplesmente sentar a apreciar a natureza e a conversar, ou podem ir fazer uma caminhada ou corrida, ou tirar fotografias nos locais mais bonitos... É um sítio mesmo muito giro.





Como não podia deixar de ser, a primeira paragem foi no Lago Grande, para admirar a paisagem belíssima com o sol a refletir na água, os patos e os peixes (enormes) que por ali nadam, assim como tirar algumas fotografias. Sei que é possível andar de barco, mas, no dia em que fomos, os barcos estavam todos parados, por isso nem se quer sei valores. Continuámos, então, o nosso passeio pelo parque, passando pela Fuente de la Alcachofa e seguindo até ao Palácio de Velásquez, que é atualmente usado como espaço de exposições temporárias do Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia (a que estava lá quando fomos era gratuita, não sei se o serão sempre). A paragem seguinte foi o icónico Palácio de Cristal, junto a um lago artificial do parque. Este edifício foi concebido como sendo uma estufa de grandes dimensões e é atualmente uma das sedes do Museu Rainha Sofia para exposições temporárias, mas, no dia em que fomos, não era possível entrar porque as entradas estavam vedadas, possivelmente, para obras. Aproveitámos para tirar algumas fotografias e desfrutar da beleza do espaço (que, por sinal, estava bastante cheio de gente). O sítio é mesmo muito bonito, mas acho que as cores de outono ainda lhe dão um toque mais especial. Continuámos depois o passeio pelo parque, seguindo por caminhos diferentes, voltando ao Lago Grande, mas, desta vez, pelo outro lado para visitarmos o Monumento a Afonso III e termos a vista inversa, também extremamente bonita. Mais uma vez, a zona estava com imensa gente, por isso acabámos por não ficar durante muito tempo.






Seguimos, dentro do parque, para o Jardín del Partérre, que ficou ainda mais bonito com a luz de fim de dia e onde se encontra o Monumento a Jacinto Benavente. Continuámos o nosso passeio até ao Bosque del Recuerdo, junto ao Centro Desportivo Municipal La Chopera, que é um memorial de homenagem às vítimas dos atentados terroristas jihadistas de 11 de março de 2004. Por fim, continuámos por mais um bocadinho até uma das saídas do parque, junto ao Jardim Botânico (que acabámos por não visitar). Não tinha ouvido falar desta zona do parque - que é famoso essencialmente pelo Lago Grande e pelo Palácio de Cristal -, mas acho que vale muito a pena explorar o parque todo, porque tem recantos verdadeiramente bonitos.



A penúltima paragem do nosso dia foi o Museo Nacional Del Prado, porque, todos os dias, das 18h às 20h, é possível visitar o museu gratuitamente e, sendo um museu tão famoso, nós não quisemos perder esta oportunidade. Contudo, falemos agora da experiência. 

  • Ponto 1: vão com alguma antecedência, porque se forma uma fila enorme antes das 18h, porque obviamente toda a gente quer poupar dinheiro. Chegámos com meia hora de antecedência e a fila já estava grandita, mas depois acaba por andar rápido quando começam a permitir as entradas.
  • Ponto 2: eles "oferecem" essas duas horas de visita porque é completamente impossível ver o museu todo em duas horas, sobretudo se forem verdadeiros apreciadores de arte e quiserem ver as coisas com atenção. Eu acho que nem um piso completo é possível ver, com atenção, durante esse período (e o museu tem 3 pisos). 
  • Ponto 3: faltavam cerca de 10 minutos para as 20h e soou um alarme e todos os seguranças começaram basicamente a expulsar as pessoas do museu, a obrigá-las a sair pela saída mais próxima, a descer pelas escadas e a impedir as saídas pelos elevadores. Achámos que teria acontecido alguma coisa, mas não havia qualquer sinal de polícia ou de motivo de alarme, por isso assumi que seja um procedimento comum na hora de fecho. Seja como for, achei muito estranho e incómodo na perspetiva de visitante.
  • Ponto 4: não sendo uma grande apreciadora de arte, sobretudo do tipo de arte deste museu, que tem muito de pinturas religiosas, mas tem obras de arte muito importantes de nomes bastante famosos. Quero realçar o quadro As Meninas, de Velásquez, que é um icone de Madrid e, por isso mesmo, existem estátuas d'A Menina espalhadas pela cidade, decoradas de diferentes formas. Destaco também a zona das Pinturas Negras de Goya, que é verdadeiramente impressionante e até chocante pelo tipo de quadros e de temas retratados nos mesmos, bem como a parte de escultura. Por fim, existe uma pintura da Mona Lisa, que terá sido pintada em simultâneo com a original que está no Museu do Louvre, no atelier de Leonardo da Vinci, provavelmente, por um aprendiz. Apesar de algumas diferenças, as duas pinturas são muito parecidas e foi uma surpresa engraçada.
  • Ponto 5: por fim, no nosso caso, ainda bem que fomos no período gratuito, porque, não sendo grandes entendedoras e apreciadoras de arte, teríamos ficado "desiludidas" se tivéssemos pago para entrar, visto não termos achado grande interesse neste tipo de quadros. Fica para uma próxima viagem a visita a outros museus que parecem ir mais ao encontro dos nossos gostos.



Terminada a visita ao museu, seguimos de autocarro até à Gran Vía, onde escolhemos jantar na Taberna La Española, onde comemos uma bela paella do chefe acompanhada por um tinto de verano. Queríamos mesmo provar duas das coisas mais famosas de Espanha e não ficámos desiludidas. A comida era boa (no entanto, certamente, não a melhor paella de Madrid) e pagámos cerca de 16€ cada, o que não é muito caro, apesar de não termos comido entradas nem sobremesas. O restaurante tinha imensas outras opções, com muito bom aspeto, por isso acho que é um sítio que recomendo, até porque os preços são razoavelmente acessíveis. Se forem ao fim-de-semana, contudo, é melhor não irem muito tarde, porque o restaurante fica bastante cheio. 



O dia terminou de regresso ao nosso quarto, visto que estávamos bastante cansadas, estava frio e o dia seguinte seria, novamente, cansativo, sobretudo porque era dia de regressar a casa. Em breve, mostro-vos o que fizémos no terceiro e último dia em Madrid!


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