5 Atitudes Responsáveis no Dia-a-Dia

Talvez porque as mudanças no clima são cada vez mais evidentes - infelizmente -, eu acho que as pessoas, no geral, começam a perceber que efetivamente esta coisa do aquecimento global existe, que o nosso planeta está em sofrimento e precisa do nosso contributo. Embora por maus motivos, as pessoas estão mais conscientes do impacto que nós, seres humanos, temos no meio que nos rodeia e, por isso, estão também mais despertas a mudar atitudes e comportamentos, na esperança de que ainda haja "salvação".

Eu acho que o papel de quem frequenta as redes sociais, seja de que forma for, também é o de transmitir informação de confiança, credível, para que esta chegue ao maior número de pessoas e para que todos nós possamos ser mais ecológicos e mais responsáveis no nosso dia-a-dia. É por isso mesmo, porque eu acredito que todos temos esta responsabilidade social, que resolvi trazer-vos hoje este post. Vem quase em jeito de "lembrete", para que não nos esqueçamos de que a mudança começa em cada um de nós, nas nossas casas, na nossa rotina do dia-a-dia. Tendo isto em vista, trago-vos uma pequena lista para relembrar 5 atitudes responsáveis que todos podemos adotar no nosso dia-a-dia.

1. Evitar o desperdício. 

Esta é uma daquelas mais gerais e que eu acho que é a base de tudo. Eu acho mesmo que, na maioria das vezes, nós nem temos noção do desperdício que fazemos diariamente, da pegada ecológica que deixamos. Mas, se prestarmos atenção ao lixo que produzimos num dia, percebemos que é um exagero e que há coisas que podemos mudar. 

Então, e o que é que podemos mudar para provocar um menor desperdício? 

• Planear bem as refeições de modo a tentar evitar grandes quantidades de sobras e, havendo sobras, tentar reaproveitá-las nas refeições seguintes ou criando novos pratos. 
• Cada vez mais os plásticos de uso único começam a deixar de existir e as embalagens reutilizáveis vieram para ficar - desde garrafas de água, embalagens para transporte de comida, sacos... É uma escolha que temos de fazer e implementar no nosso dia-a-dia, que rapidamente se tornará num hábito. 
• Ponderar muito bem quando é efetivamente necessário imprimirmos algo e quando é que pode ficar apenas em formato digital. 
• Devemos poupar o máximo de água possível no nosso dia-a-dia (banhos, lavagem de louça e roupa) e, sempre que possível, reutilizar a água que seria desperdiçada para regar plantas ou colocar no autoclismo.

2. Reduzir o gasto de eletricidade.

Esta é uma daquelas atitudes que ajuda o ambiente e ajuda a nossa carteira - é uma dupla poupança, chamemos-lhe assim. E o que podemos fazer? 

• Aproveitar a luz natural durante o máximo número de horas possível, sobretudo agora no verão, que temos mais horas de sol.
• Caso seja necessário estarmos de luz acesa numa divisão, desligar a luz assim que saímos da divisão, se esta ficar vazia. O mesmo se aplica às televisões que ficam ligadas quando não está ninguém a ver.
• Sempre que não estão a ser utilizados, desligar os eletrodomésticos das tomadas.
• Utilizar lâmpadas mais económicas, como é o caso das LED.

(fonte)

3. Separar corretamente o lixo.

Esta é aquela tecla onde se bate há anos e, mesmo assim, continua a existir gente que quer resistir à reciclagem e que ainda não sabe fazer corretamente a separação do lixo. Informação é o que não falta, o que falta é que as pessoas tenham vontade de aprender e cumprir. Cada vez mais é possível reciclar mais coisas e, por isso, na dúvida, mais vale fazermos uma rápida pesquisa e perceber se é possível reciclar determinada coisa e como. Descobri que existe uma plataforma chamada Recicla, onde têm toda a informação que precisam para fazer a correta triagem do lixo e ainda sobre tudo o que é possível reciclar e de que forma - além de outras publicações muito interessantes no âmbito da sustentabilidade. Podem consultar o site aqui.

4. Comprar de forma mais consciente.

Eu penso que esta é uma daquelas atitudes que mais pessoas falham, eu incluída. Nem sempre é fácil comprar melhor - seja o que for -, até porque, financeiramente, é, normalmente, mais dispendioso. Contudo, o "comprar de forma mais consciente" nem sempre tem de significar comprar mais caro, por vezes significa apenas comprar menor quantidade ou comprar apenas e exclusivamente quando há necessidade. É claro que, por exemplo, no que toca à roupa, seria preferível se todos pudéssemos comprar de marcas nacionais e/ou de lojas que não sejam de fast fashion, mas, não havendo essa possibilidade, que compremos apenas quando temos uma real necessidade, que saibamos escolher bem o que vamos comprar (na relação de qualidade/preço, por exemplo, e pensando na durabilidade dos tecidos) e que também saibamos cuidar das nossas coisas para que elas possam durar mais (fazendo arranjos e reparações sempre que possível). E isto aplica-se a tudo o resto: acima de tudo, devemos pensar no que efetivamente precisamos, escolher a melhor qualidade tendo em conta o nosso orçamento e fazer as coisas durarem para que não tenhamos de estar sempre a comprar.

(fonte)

5. Partilhar boleias ou usar meios de transporte alternativos.

Eu sei - e falo por experiência própria - que não é possível para toda a gente deslocar-se de transportes públicos para o trabalho, por exemplo. Esse era o cenário perfeito: uma boa rede de transportes públicos que permitisse que toda a gente se deslocasse dessa forma. Nem sempre isso é possível, por isso temos de jogar com as cartas que temos. 

• Se tivermos um colega, amigo ou vizinho, que até trabalha connosco ou perto de nós, podemos tentar combinar de modo a dividirmos boleias e, assim, sempre diminuímos as emissões carbónicas. 
• Em deslocações mais curtas, optar por ajudar o ambiente e praticar alguma atividade física, indo a pé ou de bicicleta. 
• Sempre que a rede de transportes públicos for favorável e compatível com os nossos horários e necessidades de deslocação, devemos utilizar autocarros, metro ou comboio para nos deslocarmos. 

Como veem, tudo isto parece muito óbvio, mas, por vezes, é nas coisas mais simples que acabamos por falhar. Se todos formos fazendo a nossa parte, talvez ainda consigamos mudar alguma coisa.