Sim, gosto de romances dramáticos | Movie Review

outubro 13, 2025

Eu gostava de ser uma cinéfila super intelectual que vê os filmes todos que estão nomeados para os Óscares e o Festival de Cannes e que sabe tudo sobre todos os filmes dos melhores e mais importantes realizadores... Porém, eu não sou grande consumidora de cinema e, na verdade, sou das que gosta de filmes pirosos e lamechas, românticos, com muitos clichês, comédias românticas ou histórias dramáticas que fazem chorar as pedras da calçada (que, a maioria das vezes, talvez até não tenham grande qualidade do ponto de vista mais técnico). Muito prazer, essa sou eu. E não vou negá-lo. Aliás, digo-o com orgulho, porque também é preciso público para esse tipo de filmes e nem todos temos de ser mega intelectuais, não é verdade?


É claro que eu não acho que todos os filmes desse género são bons - calma, há limites! Para eu considerar um filme bom, ele precisa de me marcar de alguma maneira, de me fazer sentir algo, não pode simplesmente deixar-me indiferente. Tem de haver algo que sobressaia e me faça ficar a pensar no filme. Os dois filmes de que venho falar hoje inserem-se nesta categoria de filmes, mas gostei mais de um do que do outro, justamente porque houve um que teve mais impacto em mim, porque me identifiquei mais com a personagem e porque me fez refletir sobre várias coisas.



O Meu Ano Em Oxford é uma produção da Netflix protagonizada pela Sofia Carson e pelo Corey Mylchreest, dois atores de quem já vi algumas coisas e de que gosto bastante. Por isso, e também por saber ser o tipo de filme de que costumo gostar, decidi vê-lo (depois de já ter visto imensas coisas na Internet sobre ele). Neste filme, uma ambiciosa estudante americana decide viajar até Oxford para concretizar o seu sonho de estudar poesia, contudo acaba por conhecer um local encantador e as vidas de ambos acabam por mudar. 


Para mim, o melhor deste filme foi ser levada a viver a magia de Oxford com a Anna e, como grande amante de Inglaterra, fiquei cheia de vontade de poder entrar pelo ecrã dentro e viver aquela cidade mágica (que já está na minha bucket list). É fácil apaixonarmo-nos pelo Jamie, com o seu ar charmoso e o seu sotaque britânico irresistível, e ficamos facilmente embrenhados na história dos dois. Apesar de ter gostado de uma forma geral - é um filme leve, mesmo retratando uma história algo pesada, e fácil de ver -, acho que houve momentos que foram bastante apressados, até um pouco forçados em alguns momentos, e acabei por sentir que tenta ser uma imitação falhada de Me Before You. Não é um mau filme, mas ao lado de um dos meus livros/filmes favoritos, acaba por nunca conseguir cumprir a expetativa, porque fica aquém do que Me Before You me fez sentir. Ainda assim, gostei da forma como nos relembra que a vida é o que fazemos dela e que são os pequenos momentos que a constroem e a tornam tão melhor!



O Mapa Que Me Leva Até Ti, por sua vez, está disponível no catálogo da PrimeVideo e traz-nos a Madelyn Cline e o KJ Apa como personagens principais - uma vez mais, dois rostos bem conhecidos do público mais jovem. Nesta história, Heather é uma jovem americana que embarca numa viagem com as amigas pela Europa, que se torna numa aventura ainda maior quando conhece Jack, abrindo-lhe um novo leque de possibilidades que nunca antecipou.


A base da história é semelhante ao filme anterior, contudo senti-me muito mais conectada com as personagens deste filme. Revi-me imenso na Heather e na forma dela de ver a vida e fiquei encantada com a perspetiva do Jack, tão diferente, mas, ao mesmo tempo, tão refrescante. Quase fiquei com vontade de largar tudo e pôr-me a viajar sozinha pela Europa à procura do meu Jack. As paisagens do filme são absolutamente incríveis e contam, inclusivamente, com uma passagem pelo Porto e por Lisboa. Adoro a forma como a relação dos dois vai sendo construída, a forma como vão ensinando algo um ao outro e foi impossível não ficar de coração partido quando as coisas desmoronaram (mesmo já estando à espera). Contudo, foi o final que me surpreendeu de certa forma, porque não foi exatamente o que eu previa. Sem dúvida, gostei muito mais deste filme que do primeiro, até porque me fez refletir de forma mais profunda sobre a vida, sobre as diferentes perspetivas, sobre como vivemos tão agarrados aos planos que fazemos e àquilo que a achamos que a sociedade/as pessoas que nos rodeiam esperam de nós. 


Nenhum dos dois filmes é digno de Óscar ou é absolutamente perfeito - mas está tudo bem, amiga, eu não sei quem te traumatizou, podemos gostar de filmes simples, sem grandes produções, clichês, romances, comédias ou dramas. Vejam o que gostarem e o que vos fizer sentir bem. Aqui ficam duas recomendações, se for este o vosso tipo de filmes, e sintam-se à vontade para partilhar as vossas recomendações comigo!

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