"Amor Cruel" | Review

fevereiro 20, 2023

Acho que o nome Colleen Hoover já não é desconhecido para muita gente e é, possivelmente, um dos nomes mais falados nos bookstagrams/booktoks e outros que tal. O primeiro livro que li da autora foi o Isto Acaba Aqui (podem ler a minha opinião aqui) e entrou diretamente para um dos favoritos da vida. Acho que nunca um livro me tinha feito sentir tanta coisa diferente e isso, para mim, é o que torna um livro algo verdadeiramente especial. Depois, li também o Verity (podem ler a minha opinião aqui), que foi uma leitura totalmente diferente da primeira, mas igualmente brilhante e que eu devorei super rápido. Depois destas duas boas surpresas e de todo o feedback positivo que se lê nas redes sociais, eu fiquei com vontade de ler todos os livros publicados da autora - ainda não consegui, mas, aos poucos, vou lendo mais um...



Amor Cruel, de Colleen Hoover, foi o terceiro livro que li desta autora. Tate é enfermeira e muda-se para São Francisco, para casa de Corbin, o seu irmão, para poder tirar um mestrado e trabalhar. Miles, tal como Corbin, é piloto-aviador e vizinho da frente dos dois irmãos. Depois de se conhecerem de forma atribulada, Tates e Miles tornam-se próximos e decidem iniciar uma relação exclusivamente física. Para isso, Miles impõe duas regras: que Tate não faça perguntas sobre o seu passado, nem espere um futuro com ele. Tate aceita o desafio de manter uma relação distante, sem compromisso, deixando que a relação se alimente puramente da atração física mútua entre os dois. Contudo, com o avançar do tempo, torna-se cada vez mais difícil para Tate não querer saber mais do passado de Miles e não desejar um futuro com ele...


Eu acho que este plot tem tudo para ser um valente cliché, mas é aí que eu acho que reside a grande qualidade e genialidade da escrita da Colleen: ela pega em coisas que podem ser super cliché e dá-lhes um twist que as torna ainda mais interessantes e cativantes. Neste Amor Cruel, ela deixa-nos o livro inteiro a tentar descobrir por que raio Miles é a pessoa que é no presente, por que rejeita tanto uma relação com a Tate, quando parece óbvio que ambos estão apaixonados um pelo outro. E isso cativa muito o leitor, agarra-nos até à última página, porque só aí tudo parece ficar efetivamente respondido e resolvido.



Também gostei muito que o presente tenha sido descrito quase integralmente da perspetiva da Tate, porque, tal como ela, nós ficamos a tentar interpretar os sinais de Miles, sem realmente o conseguir compreender. Só no final é que temos a perspetiva presente do Miles e só aí percebemos muitas coisas que tinham ficado por explicar. Gosto que ela consiga criar este suspense, de certa forma, porque é isso que nos agarra enquanto leitores. 


Acho que deu para perceber que, uma vez mais, gostei imenso deste livro - porém, confesso que não chorei, algo que eu estava à espera que acontecesse, tendo em conta opiniões que já tinha ouvido. Apesar de ter adorado, não destrona o Isto Acaba Aqui, que continua a ser o meu favorito da autora (apesar de ainda só ter lido 3).


Já leram algum livro da autora? E este Amor Cruel? O que acharam?




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