"Patch Adams" | Review

fevereiro 06, 2023

A minha lista de filmes que quero ver vai sendo muito construída com base na opinião de amigos, conhecidos, pessoas que sigo ou então de estreias recentes que me parecem interessantes. Ainda assim, as recomendações de amigos são aquelas que contam mais, porque vêm de pessoas que me conhecem e conhecem os meus gostos. O filme de que vos venho hoje falar foi-me recomendado por uma amiga há já algum tempo e eu lembro-me de ela me ter dito "tenho a certeza de que vais gostar". E não é que acertou?


Patch Adams é um filme de 1998, protagonizado por Robin Williams, inspirado numa história verídica. A história tem início no ano de 1969, quando Hunter Adams se decide internar voluntariamente num hospital psiquiátrico após se ter tentado suicidar. Durante o período em que está internado, Hunter é capaz de ajudar outros doentes também internados e é então que percebe que a sua verdadeira vocação é ajudar as pessoas, motivo pelo qual decide sair do hospital para ir estudar medicina. Hunter, ou Patch, como pede para ser chamado, revela ter métodos pouco convencionais, que espanta as pessoas, mas que vai acabando por as convencer e conquistar. A única pessoa que parece ter muitas objeções relativamente aos métodos de Patch é o reitor da faculdade, que tenta fazer de tudo para o impedir de se tornar médico, apesar de ser o aluno com as melhores notas da turma.


Para mim, o mais incrível desta história é que Patch é um homem real e não uma personagem fictícia. Existe ainda nos nossos dias este médico para o qual não existem limites, nem normas e convenções sociais, que possui uma personalidade enérgica, alegre, criativa que cativa todos os pacientes e colegas. Para Patch, a medicina vai muito além de um conjunto de normas, técnicas e regras; para ele, o amor, a compaixão e alegria são ferramentas igualmente importantes para a recuperação de uma pessoa doente. Ele desafia as teorias de que os médicos (e os profissionais de saúde, no geral) se devem distanciar emocionalmente das pessoas que tratam, para não haver "transferência", e mostra que essa aproximação emocional pode ser benéfica para as duas partes - uma opinião que eu própria defendo.



Outra coisa que eu adorei foi o facto de Patch ser capaz de contagiar os seus colegas com a sua energia, a sua paixão e a sua visão mais holística da medicina, mesmo os que, inicialmente, questionavam os seus métodos. Ele consegue fazê-los ver que um doente é uma pessoa com um nome, com uma história, com família, com desejos, sonhos e paixões, no fundo, um ser humano como eles. É essa mudança de visão que os faz criar amizades fortes e que os faz defender Patch até às últimas instâncias, se for preciso.


Pessoalmente, eu gostei imenso do filme e recomendo mesmo a toda a gente, sobretudo a profissionais de saúde. O Robin Williams era um ator absolutamente extraordinário e deixou-nos um legado de filmes bestial, este incluído. Conseguiu fazer-me rir e chorar e isso é uma qualidade das grandes histórias e dos grandes atores






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