Loucos Anos 20

Certamente, já ouviram várias pessoas falar sobre como a nossa vida é um pouco "estranha" quando estamos nos vintes. Ou então já passaram por lá e sabem do que eu falo. Agora que estou a viver a minha década dos vintes (acabei de fazer 23 anos) e que já iniciei a minha vida adulta, sinto que já posso falar deste assunto com uma propriedade porque começo efetivamente a sentir isso. 


(fonte)

Esta é uma fase estranha da vida porque eu acho que é a fase em que mais mudanças sofremos na nossa vida. É a fase em que damos efetivamente o salto para a vida adulta, em que começamos a trabalhar, a receber o nosso próprio dinheiro, a ter as nossas despesas, começamos a pensar sair de casa dos pais... Portanto, acho que é uma fase em que muita coisa muda e nós crescemos muito. Talvez seja a fase em que efetivamente começamos a descobrir quem somos, o que queremos, para onde vamos. E o que torna tudo isto mais estranho é que, por ser uma fase de tanta mudança, o nosso grupo de amigos acaba por ficar mais "dividido" porque, muitas vezes, estamos todos em fases de vida diferentes, a fazer coisas diferentes, temos amigos de grupos diferentes... Uns estão ainda a estudar, outros já a trabalhar, alguns a namorar, outros solteiros, uns a pensar casar, outros a ter filhos... Enfim, muita coisa a acontecer naquilo que parece ser um curto espaço de tempo - e sobretudo um espaço de tempo em que parecemos não saber bem onde nos inserimos (quase como se fôssemos adolescentes novamente).


E isto conduz-me a uma outra questão. Nisto da vida adulta, em que estamos cada um a descobrir quem somos enquanto adultos, o que queremos fazer, do que gostamos, como é que se conhecem pessoas novas? Como é que eu, solteira há uma eternidade, vou encontrar alguém que me arrebate o coração? E, se há dias em que isto não me incomoda rigorosamente nada, há outros dias em que eu penso que todos os meus amigos já encontraram alguém, menos eu, e que provavelmente vou ficar para tia. [Novamente, parece que voltei a ser adolescente.]


E, a par desta, surgem outras questões igualmente inquietantes. É isto que eu faço hoje que quero fazer para o resto da vida? Escolhi a profissão certa? Gosto daquilo que faço? Onde quero estar daqui a 10 ou 15 anos? Como se foge à rotina? Devo arranjar um novo hobbie? Qual? E as perguntas continuam de forma infinita, como se estivéssemos outra vez na idade dos porquês. Há dias em que parece que tenho todas as respostas, outros em que sinto que não sei absolutamente nada.



Há uma época histórica à qual se deu o nome de Loucos Anos 20, mas não serão eles uma fase pela qual todos passamos?

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