"O Verão em que me Apaixonei" | Review

setembro 19, 2022

Eu gosto de me caracterizar com uma pessoa com um leque de gostos muito variados no que diz respeito a música, livros, filmes e séries - gosto de tudo um pouco, de experimentar diferentes estilos e tipos. No que diz respeito a séries, geralmente, o meu gosto e as minhas escolhas recaem sobre séries que envolvem hospitais ou então polícias e/ou bombeiros. Contudo, nos intervalos dessas, eu gosto de ver algumas coisas diferentes. Estava num mood em que queria ver uma coisa ligeira com poucos episódios e foi então que me lembrei de uma série de que já tinha ouvido imensa gente falar.



The Summer I Turned Pretty ou O Verão Em Que Me Apaixonei é uma série que conta com uma temporada de 7 episódios, lançada pela Amazon Prime Video em 2022. É baseada numa trilogia de livros da Jenny Han (autora da saga de A Todos os Rapazes que Amei) e foca-se numa adolescente prestes a fazer 16 anos, Belly Conklin. Como em todos os verões, Belly, o irmão e a mãe vão para Cousins Beach, onde se reunem com a melhor amiga da mãe e os seus dois filhos, Conrad e Jeremiah. Belly sente que aquele pode ser um verão diferente, mas mal ela sabe o quanto tudo pode mudar.


Quando comecei a ver esta série, não sabia que era inspirada nos livros da Jenny Han e, como tal, não li os livros antes de ver (que é algo que, por norma, eu prefiro fazer), por isso a minha opinião não terá por base a comparação entre a série e os livros (apesar de eu querer ler os livros muito em breve). De um modo geral, esta é uma daquelas séries que se vê super bem, porque é um romance levezinho e viciante. Tem clichés? Claro que sim, nem seria um bom romance se não o tivesse, sobretudo porque estamos a falar de adolescentes. Eu gostei imenso da série e posso já dizer-vos que estou aqui a precisar urgentemente da segunda temporada (ou de ler os livros ahah).



Uma coisa que eu gostei nesta série é que não existem personagens perfeitos. Geralmente, a tendência é que há sempre uma ou duas personagens imaculadas que fazem tudo bem e acabam por ser magoadas pelos outros. Nesta série, não é assim. Todas as personagens têm defeitos e todas elas cometem erros. A própria Belly comete muitos erros que, diria eu, são próprios de qualquer adolescente. Ela acaba por viver um grande dilema no seu coração, não sabe o que quer ou o que deve fazer e isso acaba por fazer com que ela se tente enganar a ela mesma e aos outros, acabando por magoar quem não quer. E isso não acontece só com ela, mas com todo o núcleo principal da série. 


Além desta linha principal da história, que reside na intriga amorosa, existe uma linha não tão principal focada na mãe de Jeremiah e Conrad e que é, na minha opinião, a parte mais dura da história toda. É um tema mais sério e mais forte que vai abalar todas as personagens e, certamente, será um dos principais focos da segunda temporada (penso eu).



Ao ver esta série, deparei comigo muitas vezes irritada com as personagens, com as suas escolhas e atitudes e, mesmo até ao final, achei que as coisas iam tomar um rumo diferente do que eu gostaria. Ficamos completamente presos ao ecrã até ao último minuto do último episódio e para mim isso é o essencial numa história - mesmo que o enredo possa não ser assim tão original, o que importa é cativar a minha atenção. Vibrei muito com esta série, ri e chorei. Fui adolescente novamente e até me identifiquei com a Belly, porque todas nós, enquanto adolescentes, passámos por algumas das coisas que ela experienciou ou sentiu. Estou muito, muito ansiosa pela segunda temporada!


Portanto, querem uma série romântica, adolescente, leve e meio cliché para verem? Esta é uma ótima escolha. Recomendo!


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