A nostalgia do que ficou por viver

julho 20, 2021



Um post rápido em jeito de desabafo.

É uma loucura para mim perceber que acabei de concluir o 3ºano da licenciatura e que, daqui a 1 ano, estarei a terminar o curso. Eu sei que é o maior cliché do mundo falar da velocidade a que o tempo passa, mas parece-me impossível ignorar esse facto. Sinto que ainda ontem era um caloira e hoje sou quase finalista - é absurdo!

Devo confessar que, no meio de toda esta nostalgia de sentir que o tempo está a passar demasiado rápido, o que ainda me deixa mais triste é perceber o tanto que tenho (temos) perdido no último ano e meio das nossas vidas. Eu sei que toda a gente, de alguma forma, perdeu oportunidades e experiências na vida por conta desta pandemia, mas também sinto que preciso de ser um pouco egoísta e sentir-me triste por tudo aquilo que não vivi. Talvez seja difícil que, quem está de fora, quem não conhece as tradições de Coimbra e do meu curso, entenda a tristeza e a nostalgia que vivem em mim ao refletir sobre tudo aquilo que não vivi. 

Até agora, perdi duas Queimas das Fitas, uma Latada, inúmeros jantares de curso, incontáveis praxes... Muitas foras as experiências que ficaram por viver, muitas foram as oportunidades perdidas, as tradições que não se cumpriram, as memórias que ficaram por criar e, inevitavelmente, isso deixa-me triste. Nostálgica pelas coisas todas que não vivi. Que este bicho me roubou.

Resta-me desejar que o 4º e último ano seja um pouco melhor, que a vacinação nos devolva mais um pouquinho da liberdade e da antiga normalidade, que me permita criar muitas memórias, viver muitos bons momentos, cumprir as tradições e acabar em grande. 



4 comentários:

  1. É verdade, temos perdido imensa coisa neste ano e tal e não parece acabar tão depressa.

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  2. Compreendo muito bem o que estás a sentir, apesar de ter tido a sorte de terminar em 2019 (exatamente no último ano em que tudo ainda estava normal por cá) farto-me de dizer isto vezes e vezes sem conta... Os caloiros nem conhecem as praxes e são poucos os que criam laços, os do segundo ano nem sentem o que é praxar e os finalistas nem têm uma despedida a sério... Fora tudo o resto que se perde! Este bicho veio mesmo tirar muitas coisas... Mas que nunca nos tire a força de vontade! És quase finalista e isso é algo para te orgulhares, está quase, força nisso! :)

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