"Uma Villa em Itália" | Review
Tenho-me vindo a aperceber, desde que comecei com o Fika, que não há nada que me dê mais prazer do que partilhar as minhas descobertas literárias convosco. Gosto de partilhar convosco os livros que leio e que despertam algo em mim para que, quem sabe, também possam despertar algo em vocês. Felizmente, tenho lido bastante e isso permite-me partilhar esta minha paixão pela leitura convosco, aliando-a à minha paixão pela escrita.
Assim sendo, introduções filosóficas à parte, hoje venho partilhar convosco mais um livro que li recentemente e que me apaixonou. É um daqueles livros que quero certamente reler no futuro, porque gostei mesmo muito e porque se revelou uma excelente surpresa. Vamos a isto?
Uma Villa em Itália é um romance cheio de mistério escrito por Elizabeth Edmondson, lançado no ano de 2008. Este livro leva-nos a conhecer quatro personagens fulcrais, aparentemente sem qualquer ligação entre elas: Delia, uma cantora de ópera que não consegue esquecer o ex-namorado que a trocou pela sua irmã; George, um cientista nuclear que não se perdoa por ter tido um papel no desenvolvimento da bomba atómica; Marjorie, uma escritora de policiais em bloqueio criativo que conduzia ambulâncias durante a guerra; e Lucius, um banqueiro americano que vive assombrado pelas memórias da guerra. A única coisa que, aparentemente, têm em comum é o facto de terem sido mencionados no testamento de Beatrice Malaspina, um nome que nenhum deles conhece. Assim, são obrigados a deslocar-se até Itália, mais precisamente, à Villa Dante, a casa de Beatrice Malaspina. Enquanto esperam por respostas para todas as suas dúvidas, a magia daquela bonita casa começa a exercer o seu efeito sobre cada um deles, fazendo com que comecem a partilhar mais um pouco de si mesmos uns com os outros e comecem a sentir que a mudança nas suas vidas é possível. Mas a dúvida permanece: quem é Beatrice Malaspina, qual a sua ligação a cada um deles e por que foram chamados àquela espantosa villa?
Posso dar-vos já um spoiler muito soft: para encontrarem as respostas a estas perguntas e a todas aquelas que surgem na cabeça durante a leitura deste livro, têm de o ler até às últimas páginas, porque apenas nas duas ou três últimas páginas é que a verdade é desvendada por completo. Isso, para mim, funcionou como combustível na leitura desde livro. Inicialmente, comecei com uma "leitura envergonhada", porque a primeira parte do livro é uma apresentação das personagens, de certo modo, e o relato da descoberta de cada um sobre a menção do seu nome no testamento de uma mulher que não conhecem e de que nunca ouviram falar. Contudo, quando a ação se começa efetivamente a desenrolar, esta história prende-nos completamente. É viciante e apaixonante.
Adorei a escrita da autora, a forma como ela descreve a villa e nos faz imaginar um espaço lindíssimo na nossa cabeça, deixando-nos com vontade de podermos ser teletransportados para lá. E adorei aquilo que ela fez com as personagens. Criou personagens que, à primeira vista, parecem superficiais, mas que têm uma profundidade gigante que vamos descobrindo aos poucos. O facto de ela não nos dar tudo de uma só vez, de mão beijada, obriga-nos a continuar a ler para descobrirmos realmente o que há por baixo de todas as camadas das personagens, das suas histórias e até das suas famílias. E tudo isto para que, no fim, possamos compreender qual a ligação daqueles, inicialmente, quatro estranhos à enigmática e misteriosa Beatrice Malaspina.
É um livro que é leve, ótimo para ler num verão à beira-mar, mas, ao mesmo tempo, tem uma componente intensa que advém das histórias de vida daquelas personagens principais, mas também de todas as personagens que, sendo secundárias, tornam a história muito mais rica e lhe dão sentido. Jessica, Theo, Felicity, Richie e até mesmo Olivia são personagens que não nos parecem ter grande relevância para o enredo em si. Achamos que são apenas personagens secundárias que nos ajudam a entender as personagens principais. Mas será mesmo só isso? Acho que têm de ler para descobrir a real relevância destes nomes.
Resumindo e concluindo: adorei este livro e recomendo a 100%. Como disse, é um livro leve e que se lê super bem, vai-vos deixar apaixonados e viciados até à última página. Contudo, vai também fazer-vos refletir sobre determinadas coisas, sobretudo por não se passar nos nossos dias de hoje, mas nos anos 50, num período pós-guerra.
Espero que as minhas palavras vos tenham aguçado a curiosidade e que gostem tanto de ler as minhas partilhas quanto eu gosto de as escrever para vós. Espero também que se encontrem todos bem! Encontramo-nos por aqui em breve.
Uma Villa em Itália é um romance cheio de mistério escrito por Elizabeth Edmondson, lançado no ano de 2008. Este livro leva-nos a conhecer quatro personagens fulcrais, aparentemente sem qualquer ligação entre elas: Delia, uma cantora de ópera que não consegue esquecer o ex-namorado que a trocou pela sua irmã; George, um cientista nuclear que não se perdoa por ter tido um papel no desenvolvimento da bomba atómica; Marjorie, uma escritora de policiais em bloqueio criativo que conduzia ambulâncias durante a guerra; e Lucius, um banqueiro americano que vive assombrado pelas memórias da guerra. A única coisa que, aparentemente, têm em comum é o facto de terem sido mencionados no testamento de Beatrice Malaspina, um nome que nenhum deles conhece. Assim, são obrigados a deslocar-se até Itália, mais precisamente, à Villa Dante, a casa de Beatrice Malaspina. Enquanto esperam por respostas para todas as suas dúvidas, a magia daquela bonita casa começa a exercer o seu efeito sobre cada um deles, fazendo com que comecem a partilhar mais um pouco de si mesmos uns com os outros e comecem a sentir que a mudança nas suas vidas é possível. Mas a dúvida permanece: quem é Beatrice Malaspina, qual a sua ligação a cada um deles e por que foram chamados àquela espantosa villa?
Posso dar-vos já um spoiler muito soft: para encontrarem as respostas a estas perguntas e a todas aquelas que surgem na cabeça durante a leitura deste livro, têm de o ler até às últimas páginas, porque apenas nas duas ou três últimas páginas é que a verdade é desvendada por completo. Isso, para mim, funcionou como combustível na leitura desde livro. Inicialmente, comecei com uma "leitura envergonhada", porque a primeira parte do livro é uma apresentação das personagens, de certo modo, e o relato da descoberta de cada um sobre a menção do seu nome no testamento de uma mulher que não conhecem e de que nunca ouviram falar. Contudo, quando a ação se começa efetivamente a desenrolar, esta história prende-nos completamente. É viciante e apaixonante.
Adorei a escrita da autora, a forma como ela descreve a villa e nos faz imaginar um espaço lindíssimo na nossa cabeça, deixando-nos com vontade de podermos ser teletransportados para lá. E adorei aquilo que ela fez com as personagens. Criou personagens que, à primeira vista, parecem superficiais, mas que têm uma profundidade gigante que vamos descobrindo aos poucos. O facto de ela não nos dar tudo de uma só vez, de mão beijada, obriga-nos a continuar a ler para descobrirmos realmente o que há por baixo de todas as camadas das personagens, das suas histórias e até das suas famílias. E tudo isto para que, no fim, possamos compreender qual a ligação daqueles, inicialmente, quatro estranhos à enigmática e misteriosa Beatrice Malaspina.
É um livro que é leve, ótimo para ler num verão à beira-mar, mas, ao mesmo tempo, tem uma componente intensa que advém das histórias de vida daquelas personagens principais, mas também de todas as personagens que, sendo secundárias, tornam a história muito mais rica e lhe dão sentido. Jessica, Theo, Felicity, Richie e até mesmo Olivia são personagens que não nos parecem ter grande relevância para o enredo em si. Achamos que são apenas personagens secundárias que nos ajudam a entender as personagens principais. Mas será mesmo só isso? Acho que têm de ler para descobrir a real relevância destes nomes.
Resumindo e concluindo: adorei este livro e recomendo a 100%. Como disse, é um livro leve e que se lê super bem, vai-vos deixar apaixonados e viciados até à última página. Contudo, vai também fazer-vos refletir sobre determinadas coisas, sobretudo por não se passar nos nossos dias de hoje, mas nos anos 50, num período pós-guerra.
Espero que as minhas palavras vos tenham aguçado a curiosidade e que gostem tanto de ler as minhas partilhas quanto eu gosto de as escrever para vós. Espero também que se encontrem todos bem! Encontramo-nos por aqui em breve.
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