(VĂȘ o roteiro do primeiro dia aqui e do segundo dia aqui)
O terceiro dia da minha viagem a Londres seria o Ășltimo dia completo de viagem, visto que tĂnhamos voo de regresso no dia seguinte (no final deste post jĂĄ vos conto as peripĂ©cias do nosso regresso), por isso o objetivo era aproveitĂĄ-lo da melhor forma possĂvel.
Começåmos a manhã relativamente cedo e partimos de metro até à estação de Monument, caminhando depois a pé até Borough Market, onde acabåmos por tomar o pequeno-almoço: os famosos morangos com chocolate (pequeno-almoço pouco convencional e pouco saudåvel, mas soube mesmo bem) e um cafézinho para animar a alma (spoiler alert: o café em Londres além de ser caro, é péssimo em todo o lado).
- O mercado é muito giro, cheio de banquinhas de comida com ótimo aspeto e tem imenso para explorar, porque toda a zona envolvente me pareceu muito gira também, se o quiserem fazer com tempo.
- PagĂĄmos 8,5ÂŁ pelo copinho dos morangos com chocolate, mas dividimos por duas, porque aquilo traz muitos morangos e mesmo muito chocolate, entĂŁo optĂĄmos por dividir porque seria, na minha opiniĂŁo, demasiado enjoativo para uma sĂł pessoa.
A paragem seguinte da nossa manhĂŁ foi Camden Town / Camden Market.
- Talvez por termos ido a um domingo de manhĂŁ, as ruas estavam a abarrotar de gente, quase que era difĂcil andar e ver as coisas.
- As ruas sĂŁo muito giras e tĂȘm imensas banquinhas e lojas a vender recordaçÔes e merchandising, coisas mesmo muito giras e que dĂĄ vontade de comprar tudo.
- O que menos gostei foi mesmo da pressĂŁo dos vendedores, que mal vos vĂȘem a olhar para alguma coisa vĂȘm logo perguntar o que querem comprar e estĂŁo sempre a tentar regatear os preços e impingir-vos coisas. Achei um bocadinho desconfortĂĄvel e, apesar de ter corrido tudo bem, acho que foi o sĂtio onde me senti menos segura por isso.
- De qualquer das formas, acho a zona super gira e nĂłs acabĂĄmos por "perder lĂĄ" bastante tempo e, ainda assim, nĂŁo conseguimos ver tudo - porque ainda tĂnhamos outras coisas que querĂamos visitar. Conseguimos comprar grande parte das recordaçÔes que querĂamos trazer e, em alguns casos, a preços mais baratos do que jĂĄ tĂnhamos visto noutros sĂtios.
- Almoçåmos no Poppie's Fish and Chips, uma cadeia de restaurantes famosa, em Camden. Tivemos de esperar cerca de 10 minutos na fila e acabåmos por optar por comer calamares em vez do fish and chips mais tradicional (porque era um bom bocadinho mais caro). Apesar da comida estar boa, de modo geral, não me surpreendeu.

Dali seguimos a pĂ© atĂ© King's Cross, onde querĂamos visitar o local famoso das fotografias da Plataforma 9 e 3/4, para os fĂŁs de Harry Potter.
- Estava muita gente na fila e o segurança, um portuguĂȘs que veio ter connosco ao perceber que Ă©ramos portuguesas tambĂ©m, disse que naquele dia atĂ© estava com menos tempo de espera que o habitual - naquele dia eram 40 minutos de espera, mas havia dias em que passava de uma hora e meia. Se fizerem muita questĂŁo de tirar foto, preparem-se para esperar.
- AcabĂĄmos por nĂŁo ir para a fila, mas fomos visitar a loja e jĂĄ serviu para me deliciar com tudo o que vi, embora nĂŁo tenha comprado nada. Podem inclusivamente "experimentar" a varinha da vossa personagem favorita.
A paragem seguinte foi visitar a livraria Daunt Books Marylebone, que tem trĂȘs pisos e muitos, muitos livros. Apesar de nĂŁo ter comprado nenhum, aproveitei para espreitar as ediçÔes diferentes e ainda encontrei alguns livros portugueses numa secção dedicada a livros de diferentes paĂses do mundo todo.
Seguimos, entĂŁo, pela Oxford Street, parĂĄmos no Outernet London, uma experiĂȘncia audiovisual imersiva grĂĄtis, onde tĂȘm imagens a ser projetadas numa "sala aberta" e podem simplesmente ficar sentados no chĂŁo a ver. ContinuĂĄmos, entĂŁo, o nosso caminho pelas ruas londrinas - e eu acho que sĂŁo todas bonitas, hĂĄ sempre um detalhe qualquer especial que chama a atenção -, passando por Neal's Yard, um pequenino beco com edifĂcios coloridos e um pequeno bar, atĂ© chegarmos a Covent Garden.
- Era suposto termos tentado ir ao Seven Dial's Market e ao Leadnhall Market, mas percebemos que ambos fechavam Ă s 18h - bem como a grande maioria das lojas e supermercados, pelo menos, ao domingo - e acabĂĄmos por nĂŁo ir. Por isso fica o conselho: se quiserem mesmo visitar estes sĂtios, tenham atenção aos horĂĄrios, algo que nos escapou e, com o decorrer do dia, quando pensĂĄmos em ir, jĂĄ estava tarde.
- Em Covent Garden, ainda estava quase tudo aberto e estava a decorrer um espetĂĄculo de magia no exterior - algo que acontece com muita frequĂȘncia e que pode ser sempre giro ficar a ver - e, no interior, um espetĂĄculo de 5 mĂșsicos a tocar violino de uma forma exĂmia, tambĂ©m muito giro. FicĂĄmos durante um bocadinho a assistir e depois voltĂĄmos de metro atĂ© Ă zona do nosso alojamento.
AproveitĂĄmos para tirar fotografias com uma das icĂłnicas cabines telefĂłnicas - e aproveito para dizer que a grande maioria delas estĂĄ em grande estado de degradação, por isso se quiserem uma boa fotografia, aproveitem quando virem uma em bom estado, porque sĂŁo cada vez mais raras - e ainda fomos abordadas por um inglĂȘs que resolveu meter conversa connosco e acabou por ser um momento engraçado.
Depois de uma paragem rĂĄpida numa Tesco para comprarmos comida para o dia seguinte e outra paragem rĂĄpida no alojamento, fomos jantar a um Nando's que ficava numa rua relativamente perto da nossa. O Nando's Ă© uma cadeia de restaurantes de frango assado, tĂȘm imensos espalhados pela cidade, que tem origem portuguesa! Gostei bastante da comida e os preços estavam dentro da mĂ©dia.

Terminado o dia, regressĂĄmos ao quarto para descansar e preparar tudo para, no dia seguinte, apanharmos o autocarro atĂ© Luton, onde terĂamos o nosso voo de regresso a Portugal. Mas foi aqui que as coisas fugiram ao nosso controlo... Porque, subitamente, acontece um apagĂŁo em Portugal, menos de uma hora antes do nosso voo partir. EntrĂĄmos, inclusivamente, no aviĂŁo, sentĂĄmo-nos e estĂĄvamos prontos a descolar quando o piloto começa a pĂŽr-nos ao corrente da situação em Portugal. NĂŁo tĂnhamos autorização para descolar porque o aeroporto de Lisboa nĂŁo estava a aceitar novos voos. Ainda ficĂĄmos durante um bom tempo dentro do aviĂŁo - uma hora, talvez - Ă espera de novidades, com o piloto a tentar ver se a situação revertia, mas acabĂĄmos por voltar ao aeroporto e o nosso voo foi cancelado.
Obviamente que aqui o stress intensificou-se um bocadinho, porque o previsto era chegarmos nesse dia a Portugal, atĂ© porque no dia seguinte tinhamos de trabalhar e/ou ter aulas. Como nĂŁo havia muito que pudĂ©ssemos fazer, avisĂĄmos em Portugal as nossas famĂlias - as telecomunicaçÔes ainda funcionavam - e tratĂĄmos de seguir os procedimentos indicados pela companhia aĂ©rea. No meio da confusĂŁo, tenho de deixar os meus parabĂ©ns Ă EasyJet porque fizeram com que tudo fosse resolvido o mais rĂĄpido possĂvel, tentaram esclarecer as dĂșvidas de forma bastante cĂ©lere e conseguimos, em pouco tempo, reservar voo para o dia seguinte, Ă s 15h, e um hotel pago pela companhia aĂ©rea, em Luton. AlĂ©m disso, explicaram-nos ainda tudo o que tĂnhamos de fazer para que nos fosse reembolsado o dinheiro que gastĂĄssemos em transportes e comida atĂ© termos voo - foi relativamente fĂĄcil e eles devolveram o correspondente todo ao dinheiro que gastĂĄmos dentro de uma semana, por isso sĂł tenho mesmo a dizer bem da forma como a EasyJet resolveu tudo.

O hotel onde ficĂĄmos em Luton nĂŁo era grande coisa, temos de admitir, mas sempre foi melhor do que dormir no aeroporto. A zona de Luton nĂŁo Ă© uma zona turĂstica e tem algumas zonas um bocadinho estranhas. Contudo, fui dar uma caminhada por um parque super bonito e calmo, numa zona do bairro mega arranjadinho e com aquele ar tipicamente british, e depois acabĂĄmos por ir buscar McDonald's e comer no hotel. Felizmente, no dia seguinte, estava tudo de volta Ă normalidade e correu tudo bem no nosso regresso a Portugal. JĂĄ em Lisboa, as peripĂ©cias nĂŁo tinham terminado: chegĂĄmos em hora de ponta e o trĂąnsito em Lisboa estava caĂłtico, por isso conseguimos ainda perder o primeiro autocarro que tinhamos comprado para voltar a Coimbra e tivĂ©mos de ir no seguinte. Mas o que importa Ă© que chegĂĄmos a casa, chegĂĄmos bem, com uma mala cheia de histĂłrias para contar e com a certeza de que esta viagem jamais serĂĄ esquecida.
Espero que estes roteiros vos tenham ajudado, caso estejam a pensar visitar Londres em breve!
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