"Sonhar Acordada - Daydream" | Review

janeiro 16, 2025

Podem ler a review de Icebreaker aqui e de Wildfire aqui.

Sonhar Acordada - Daydream, é o terceiro livro da série Maple Hills, de Hannah Grace. Henry Turner é um procrastinador crónica e, por isso, sabe que o seu terceiro ano na faculdade não será pera doce. E isso foi antes de assumir o cargo de capitão da equipa de hóquei no gelo e de acabar inscrito numa das cadeiras mais difíceis do seu curso, com um professor que é o seu pior pesadelo. Em boa hora, entra em cena Halle Jacobs, de quem Henry se torna amigo depois de aterrar acidentalmente no seu clube de leitura. Halle pode não ter as aspirações românticas das protagonistas dos livros que lê, mas a pressão académica nunca foi um problema para ela.


Apesar de introvertida, Halle está sempre disponível para os outros e tem tendência de os colocar sempre em primeiro lugar - é por isso que não consegue não oferecer a sua ajuda a Henry. Entre os seus próprios estudos, o trabalho, o clube de leitura e o romance que está a tentar escrever, não lhe sobra muito tempo, mas, em troca, Henry oferece-se para ajudar a tornar a sua vida universitária um pouco mais inspiradora e ajudá-la a ter mais experiências que a possam ajudar com a escrita do seu livro. Falhar não é opção para nenhum deles, mas isso não significa que não haja lugar para distrações - e para uma atração incontrolável entre ambos que rapidamente os vai levar a quebrar a regra de ouro do plano maravilhoso: "não nos podemos apaixonar".


Depois de ter gostado de Quebrar o Gelo - Icebreaker e de ter adorado Fogo Selvagem - Wildfire, tinha muita curiosidade para este terceiro livro, até porque o Henry me despertou a curiosidade desde a sua primeira aparição no primeiro livro. Este Sonhar Acordada - Daydream não me desiludiu, de todo, e adorei conhecer melhor o Henry, mas confesso que não consegue superar o que Wildfire me fez sentir.

 


Para mim, Daydream é muito mais sobre a evolução e o crescimento pessoal do Henry e da Halle, individualmente, do que sobre a relação dos dois - para mim, isso é secundário. Foi incrível ver como os dois se foram compreendendo melhor a si mesmos com a ajuda um do outro e como foram cruciais na vida um do outro para que algumas mudanças acontecessem. Gosto muito que eles sejam exatamente o tipo de pessoa de que precisam - são parecidos o suficiente para se compreenderem, diferentes o suficiente para funcionarem - e que consigam perceber exatamente quando é que precisam de estar juntos, mas também quando precisam de estar longe um do outro. 


Adorei também a importância que é dada à amizade neste livro: a forma como a Halle encontra verdadeiras amigas que gostam dela por quem ela é e que querem realmente a companhia dela, contrariamente ao que acontecia com os seus antigos "amigos"; e também como Henry, embora acabe muitas vezes por se isolar, sabe reconhecer quando efetivamente precisa da ajuda e do apoio dos seus amigos, que também são capazes de o respeitar e de lhe dar o espaço que ele precisa. Aquele grupo de amigos tem o meu coração e confesso que a cena da conversa do Nate com o Henry me levou a verter umas lagrimazinhas. 


Apesar de gostar que a autora traga uma personagem com sintomas de PHDA, embora não diagnosticada, acho que devia ter deixado a sua nota de autora para o fim e não no início, porque acho que condiciona, de certo modo, a leitura e a forma como olhamos para o Henry. No final, acho que nos ajudaria a compreendê-lo melhor, sem influenciar a nossa visão da personagem. De qualquer das maneiras, gostei muito do livro, devorei-o e fiquei com imensa vontade de conhecer mais deste grupo de amigos (embora não saiba se vai acontecer). 

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