"Twisted Games" | Review

junho 07, 2024


Twisted Games é o segundo livro da saga Twisted, de Anna Huang, no qual conhecemos a história de Bridget e Rhys. Bridget, a princesa de Eldorra, é uma jovem obstinada e aprisionada pelas correntes do poder, que sonha com a liberdade de viver e amar da forma que quiser, como uma mulher normal da sua idade. Contudo, quando o seu irmão, o herdeiro do trono, abdica por amor, Bridget é forçada a assumir uma posição que nunca desejou e, consequentemente, enfrentar um casamento sem amor e politicamente conveniente. Enquanto navega pelos meandros do seu novo papel real e se prepara para assumir um importante cargo, a princesa tem de esconder o seu desejo por um homem que nunca poderá ter - Rhys, o seu guarda-costas. É que, no início, parecia ser impossível gostar de Rhys, mas Bridget acaba por perceber que, na verdade, o ama.


Estoico, taciturno e arrogante, Rhys Larsen tem duas regras de que não abdica: proteger os seus clientes a todo o curso e não se envolver emocionalmente. Até ao momento, nunca se sentiu tentado a quebrá-las, pelo menos, até conhecer Bridget Von Ascheberg. Ela não é nada do que ele esperava e, afinal, é tudo o que ele nunca soube que precisava. Aos poucos, Bridget vai quebrando as barreiras de Rhys até ele deixar de conseguir esconder a verdade: jurou protegê-la, mas quer arruiná-la, levá-la consigo. É a sua princesa, o seu fruto proibido. O amor que surge entre os dois é inesperado, arrebatador e proibido e pode mesmo destruir um reino. Haverá uma possibilidade de um final feliz? 



Tenho de começar já por dizer que este segundo livro é um dos meus favoritos desta saga, sendo que tem o meu casal favorito. Gosto imenso da dinâmica entre a Bridget e o Rhys, da forma como ambos tentam negar o que sentem e fingir que a relação entre ambos é estritamente profissional, quando, na verdade, a cada dia os sentimentos um pelo outro vão crescendo. 

Se o primeiro livro toca em temas bastante sérios e pesados, eu acho que este acaba por ser um bocadinho mais leve, não deixando de falar sobre assuntos sérios, como o facto de Bridget ser obrigada a assumir funções que não deseja e todas as implicações que pertencer à família real tem na sua vida - no fundo, Bridget preferia estar afastada das luzes da ribalta e poder ser só uma pessoa normal -, assim como o passado familiar de Rhys e as revelações que vão surgindo. Das coisas que eu mais gosto nesta série é que a autora faz com que todas as personagens tenham várias dimensões, tenham histórias relevantes, o que torna a personagem em si muito mais interessante. Isso, aliado ao facto de a autora escrever de forma super fluída e cativante, fez com que eu devorasse este livro num instante, de tal maneira fiquei presa à história. 



O Rhys é, muito provavelmente, a minha personagem masculina favorita desta saga, porque eu acho que, por trás daquela capa dura e arrogante, ele é realmente muito querido e atencioso. É muito bonita a forma como ele presta atenção a cada detalhe sobre a Bridget e tenta sempre fazer de tudo para que ela seja feliz e esteja bem, mesmo sem aceitar os créditos por isso. Ele preocupa-se realmente com ela, gosta realmente dela e está sempre disposto a fazer tudo por ela, mesmo que isso implique abdicar da vida que sempre conheceu e entrar numa nova vida com que, na verdade, nunca sonhou. 


Sinto que este livro me fez sentir mil e uma coisas diferentes, fez-me rir, chorar, sonhar e isso é algo que, para mim, é fundamental num livro. Quero que me faça sentir coisas, que me "abane" de alguma maneira e, contrariamente ao que muita gente diz, os livros YA também podem fazer isso. Gostei mesmo muito e acho que a autora conseguiu superar-se bastante em relação ao Twisted Love, criando uma história com que eu me identifiquei mais. Por isso, mesmo que tenham lido o primeiro livro da saga Twisted e não tenham gostado assim tanto, recomendo que continuem a ler o resto da saga porque acho que se podem surpreender.

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