Retrospetiva de 2022

Ainda me parece meio irreal que estamos mesmo no final de 2022, porque eu sinto que este foi um ano em que aconteceram imensas coisas na minha vida. 2022 foi um ano em que encerrei um capítulo e iniciei um novo e, talvez por isso, me tenha parecido uma montanha russa tão grande. Acho que, acima de tudo, 2022 foi um ano de crescimento e de aprendizagem e eu levo memórias mesmo muito felizes deste ano. 


2022 começou com o país ainda a viver uma grande vaga de Covid e comigo a estagiar na Covilhã. Esta foi uma das experiências mais importantes do final de 2021 e início de 2022, porque foi assim a minha grande primeira experiência de independência. Estava fora de casa dos meus pais, numa cidade nova, a viver uma experiência completamente nova. Foi um desafio muito bom, adorei conhecer a cidade e as pessoas e quero muito voltar para matar saudades. 


Depois dessa aventura, voltei à faculdade para o último semestre da minha licenciatura e acho que foi aí que eu comecei a perceber que estava mesmo quase a terminar uma das melhores fases da minha vida. A nostalgia começava a chegar, devagarinho, acompanhada da ansiedade de conseguir terminar o meu projeto de investigação a tempo e horas. Sem dúvida que o conseguir acabar o projeto de investigação para a conclusão da licenciatura foi um dos maiores desafios do ano, mas também um dos que mais orgulhosa de mim me deixa, porque sinto que foi mesmo uma provação. Foram meses de muito trabalho, alguns percalços e dificuldades e muito stress. Acho que houve mesmo uma fase em que acreditei que não ia conseguir. Mas consegui e tenho muito orgulho nisso!


Mas voltando um pouco atrás... Em março, rumei num fim-de-semana ao Porto com amigas para tirarmos a nossa primeira formação extracurricular em Pilates Clínico - foi um fim-de-semana incrível de aprendizagem, mas também de bons momentos com algumas das melhores amizades que levo do curso. Abril foi o último mês de aulas da licenciatura e foi o mês em que eu acho que a ficha me começou realmente a cair: estava cada vez mais perto do fim e, sinceramente, a despedida estava a ser mais difícil do que eu achei que seria. No final de abril, comecei o meu último estágio da licenciatura, numa área com a qual não me identificava, mas em que aprendi mesmo muito e percebi que não é tão mau como achava. Maio foi o mês dos 22 anos, o mês em que apanhámos todos Covid cá em casa e também o mês da minha última Queima das Fitas. 


O meu percurso académico foi muito atribulado e marcado pela pandemia. É impossível não sentir que fui privada de muitos momentos e de muitas experiências, que me roubaram memórias que nunca tive oportunidade de criar. Talvez por isso mesmo esta despedida tenha sido tão dolorosa - porque senti que queria e devia ter vivido ainda mais, criado ainda mais memórias. A última Queima das Fitas foi o culminar de 4 anos difíceis, não vou mentir, mas muito bonitos, com memórias que vou levar para sempre, em que fiz amigos para a vida toda e que me deixam muitas, muitas saudades. Capa negra de saudade, no momento da partida, segredos desta cidade, levo comigo para a vida.


Junho foi o último mês de estágio, a Bênção das Pastas e a despedida dos amigos. Julho começou com a entrega e apresentação final do projeto e com a conclusão oficial da minha licenciatura. Um ciclo que ali se fechou e outro que estava prestes a iniciar-se. Contudo, antes de pensar nessa nova fase que estava quase a começar, fui ao Nos Alive e fui de férias, descansar, recarregar baterias e aproveitar bem o último verão antes de começar a minha vida de trabalhadora. Em agosto, inscrevi-me na Ordem dos Fisioterapeutas e fui às primeiras entrevistas de emprego. Em setembro, comecei a trabalhar e os meses seguintes foram dedicados a adaptar-me a uma nova vida e a uma nova rotina.

Estes últimos meses do ano foram um bocadinho mais difíceis para mim porque sinto que estou a descobrir quem sou nesta versão adulta, o que quero do meu futuro e da minha vida profissional. Estou a descobrir como ocupar o meu tempo livre, o que fazer para o otimizar, como ser uma melhor versão de mim mesma. Estou a crescer como pessoa e profissional, a aprender um pouco todos os dias. 


2022 foi um bom ano. Muitas memórias felizes, muitas experiências novas, muitos momentos inesquecíveis. Eu cresci e continuo a fazê-lo todos os dias. Nem todos os objetivos propostos foram cumpridos, nem todas as metas foram alcançadas, mas não faz mal. Temos um novo ano quase a chegar, mais 365 oportunidades para alcançar as minhas metas, criar novos objetivos para tentar cumprir, continuar a tentar alcançar a melhor versão de mim mesma e descobrir quem sou, o que quero, para onde vou.



4 comentários:

  1. Sinto que 2022 passou demasiado rápido e ao mesmo tempo coube tanta coisa dentro dele. Tantos acontecimentos, tanto sobe e desce. Meu Deus, 2022 levou-me aos limites por bons motivos espero que 2023 seja no mínimo igual ou melhor ainda.

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    1. Sinto exatamente o mesmo! Espero que o teu 2023 seja ainda melhor que 2022.

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  2. Foi realmente um ano de mudanças! Espero que 2023 seja incrível e cheio de coisas boas ✨😘

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