"Into The Wild" | Review

Tenho de confessar que me sinto um pouco "envergonhada" por ter de admitir que só agora vi o filme Into The Wild (e nunca li o livro, mas agora fiquei cheiinha de vontade). É verdade... Depois de anos e anos a ouvir toda a gente recomendar este filme, decidi vê-lo. Eu sabia que ia ser um filme intenso e todas as opiniões que tinha ouvido eram super positivas, mas confesso que fui surpreendida, por isso não tinha como não vir falar convosco sobre isto.

Into The Wild ou, em português, O Lado Selvagem é a adaptação cinematográfica do livro com o mesmo nome, do autor Jon Krakauer. Baseia-se na história real de Christopher McCandless, um jovem americano de 22 anos, recém-licenciado e com perspetivas de um futuro brilhante à sua frente, que decide prescindir da sua vida privilegiada para partir à aventura. Depois de doar todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade e de se desfazer da maioria das suas coisas, Chistopher parte de mochila às costas, em busca de uma experiência genuína. Começa então a sua viagem pelo oeste americano, tendo sempre em vista, como destino final, o Alasca. Ao acompanharmos toda a sua jornada, encontramos pessoas que Christopher (ou Alexander Supertramp, como o próprio se apelida) conhece e cuja vida toca, de uma forma ou de outra.

(Fonte)

Bem, uma das primeiras coisas que me vem à cabeça dizer sobre este filme é que Alexander Supertramp era louco. De outra forma, como teria enveredado por tamanho desafio? Talvez fosse um louco idealista. A segunda coisa que me vem logo à cabeça é que, apesar do desfecho, teve uma história recheada de encontros bonitos. Acompanhamos a sua viagem de dois anos e todo o seu processo de descoberta de si mesmo e do mundo ao seu redor, longe do capitalismo e do luxo que pautou o seu crescimento. 

Chistopher, ou Alexander, cruza-se com várias pessoas, ao longo do seu percurso, pessoas essas que, de certo modo, aprenderam algo com ele e também lhe ensinaram algo a ele. E eu acho isso verdadeiramente bonito. Adoro a ideia de que todas as pessoas com quem nos cruzamos ao longo da vida levam um bocadinho de nós com elas e deixam connosco um bocadinho de si. A jornada dele foi um percurso de aventura, de comunhão com a natureza, de descoberta, de resistência e de crescimento, que culminou naquilo que ele descreveu como uma vida feliz, apesar de todos os perigos que correu. Acho que uma lição importante a retirar deste filme é que, por vezes, precisamos de ir além daquilo que conhecemos para vermos a vida com outros olhos e nos podermos conhecer melhor. 

(Fonte)

Acho fundamental dar ênfase especial à qualidade incrível das imagens, às paisagens maravilhosas com que somos brindados e à brilhante atuação do ator principal, Emile Hirsch. Calculo que tenha sido extremamente difícil representar alguém tão peculiar, mas ele fê-lo na perfeição e achei que a sua atuação foi realmente magnífica.

Quem desse lado já viu o filme e/ou leu o livro? Quero muito saber as vossas opiniões!