"Tudo O Que Somos Juntos" | Review

agosto 05, 2024

Tudo O Que Somos Juntos  é o segundo livro de Deixa Acontecer, a saga de dois livros da autora Alice Kellen. É neste segundo livro que sabemos o que acontece a Axel e Leah, depois de três anos sem se verem. Leah está agora quase a concretizar o seu sonho de expor numa galeria e, apesar do que aconteceu, Axel tem de fazer parte de um momento tão importante para ela como este. Quando os caminhos de ambos se voltam a cruzar, Leah precisa de tomar decisões importantes que podem mudar tudo - porque, apesar do que se passou entre ambos, todas as memórias continuam a existir e estão bem presentes: intactas, maravilhosas, únicas, espreitando em cada brecha, todos os dias, nas mais pequenas coisas. Porque ele continua a ser aquele que ela não esqueceu. Ele é o mar, as noites estreladas e os vinis dos Beatles. E Leah vai acabar por perceber que, às vezes, basta deixar acontecer para termos tudo.



Eu já tinha gostado muito do primeiro livro, Tudo O Que Nunca Fomos, mas este tornou-se rapidamente o meu favorito dos dois. Gostei desta Leah mais madura, a tentar perceber o que quer e a tentar agir de forma mais consciente e menos impulsiva; e gostei muito deste Axel que tenta ser uma versão melhor de si para poder ter Leah de volta. Aquela Leah "infantil" que apareceu no primeiro livro já não apareceu neste segundo e eu gostei de ver esse crescimento. 


Mais uma vez, a autora conseguiu descrever cenas e passagens lindíssimas. Ela consegue escrever de forma quase poética e, sem usar demasiados floreados, deixa o texto mesmo bonito. Uma das minhas cenas preferidas é quando o Axel e o Oliver, o irmão de Leah, têm "a conversa" que dita um ponto de viragem e reconciliação na sua amizade, que, na minha opinião, também é uma parte muito importante desta história. Achei a cena mesmo bonita, bem escrita e conseguiu levar-me às lágrimas, bem como alguns dos momentos de reflexão da parte de Leah.  



Outra coisa que adorei neste livro foram as descrições de Paris e a forma como Axel mostrou a cidade a Leah pelos seus próprios olhos, numa visão diferente da dela até então. Nunca foi uma cidade que me cativasse, mas fiquei com vontade de subir a Montmartre ao amanhecer e "perder-me" nas ruas da cidade depois de ler este livro - e isso é algo que, para mim, é um ponto positivo nos livros que leio.


Acho que este livro é a continuação perfeita e o desfecho perfeito para a história destes dois. É quase como um full circle que me fez sorrir muito e que me deixou com um coração bem quentinho. Sem dúvida, o meu favorito da duologia e o que me fez querer recomendar ainda mais estes livros, não só pela história em si, mas também pela escrita da autora, que me cativou imenso. Mal posso esperar por ler mais coisas da Alice Kellen!


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