"Mulherzinhas" | Review
Um dos objetivos literários que tracei para este 2023 foi ler, pelo menos, um clássico da literatura e, de entre as muitas opções que vigoram na minha wishlist, o escolhido foi o livro que hoje vos trago. Já tinha ouvido falar muito (e bem) dele e confesso que me apaixonei por completo por esta edição. Comecei a ler com calma e meio a medo - porque os clássicos assustam-me sempre um pouco, devo admitir -, mas rapidamente entrei na engrenagem do livro e adorei!
Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, conta-nos a história das mulheres da família March. As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy passam por um período difícil depois de verem o pai partir para a guerra e se defrontarem com problemas económicos inesperados. Contudo, a união familiar e o espírito lutador que consegue manter, juntamente com a mãe, ajudam-nas a ultrapassar todos os obstáculos. Quer em casa, quer nas relações com os amigos e vizinhos, conseguem surpreender-se a si mesmas e umas às outras, continuando a ser fiéis aos seus sonhos, vivendo todos os dias com esperança e boa disposição. (adaptado de Wook)
Este não é um daqueles livros com uma história mega emocionante, cheia de reviravoltas, que nos deixa sem fôlego. Se é disso que estão à procura, este não é o livro certo para vocês. Mulherzinhas é um livro com uma premissa simples: acompanhar o dia-a-dia de quatro irmãs que se veem confrontadas com os desafios próprios da infância e da adolescência, tudo isto enquanto lidam com uma situação económica delicada e enquanto o pai está a combater na guerra. É um retrato de uma família de classe média americana do seu tempo (importante não esquecer a época em que este livro foi publicado, em 1868), que está a passar por alguns momentos complicados mas que não perde nunca os seus principais valores morais e que mostra que o amor e a coragem são mais fortes do que qualquer dificuldade.
As quatro irmãs, muito diferentes entre si, vão aprendendo a "carregar os seus fardos" e a lidar com eles da melhor forma possível, de forma a tornarem-se cada vez melhores versões de si próprias, ajudando a mãe e a família. É claro que existem situações que parecem quase "ridículas" à luz dos dias de hoje e que a visão da mulher é ainda a de responsável pela casa e pelos filhos, mas, por outro lado, também tem personagens mais vanguardistas que querem romper com essa visão, como é o caso de Jo (mais evidente) e de Amy.
É um livro de leitura muito simples, leve, ideal para ler no verão, na minha opinião. Não sendo o meu clássico da literatura preferido, revelou-se uma leitura muito agradável! Agora, fiquei com muita curiosidade para ler o Boas Esposas, que é a continuação deste livro.
Já leram este livro? Qual a vossa opinião?
Ainda não li 🫣
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