"Mulherzinhas" | Review

setembro 18, 2023

Um dos objetivos literários que tracei para este 2023 foi ler, pelo menos, um clássico da literatura e, de entre as muitas opções que vigoram na minha wishlist, o escolhido foi o livro que hoje vos trago. Já tinha ouvido falar muito (e bem) dele e confesso que me apaixonei por completo por esta edição. Comecei a ler com calma e meio a medo - porque os clássicos assustam-me sempre um pouco, devo admitir -, mas rapidamente entrei na engrenagem do livro e adorei!



Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, conta-nos a história das mulheres da família March. As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy passam por um período difícil depois de verem o pai partir para a guerra e se defrontarem com problemas económicos inesperados. Contudo, a união familiar e o espírito lutador que consegue manter, juntamente com a mãe, ajudam-nas a ultrapassar todos os obstáculos. Quer em casa, quer nas relações com os amigos e vizinhos, conseguem surpreender-se a si mesmas e umas às outras, continuando a ser fiéis aos seus sonhos, vivendo todos os dias com esperança e boa disposição. (adaptado de Wook)


Este não é um daqueles livros com uma história mega emocionante, cheia de reviravoltas, que nos deixa sem fôlego. Se é disso que estão à procura, este não é o livro certo para vocês. Mulherzinhas é um livro com uma premissa simples: acompanhar o dia-a-dia de quatro irmãs que se veem confrontadas com os desafios próprios da infância e da adolescência, tudo isto enquanto lidam com uma situação económica delicada e enquanto o pai está a combater na guerra. É um retrato de uma família de classe média americana do seu tempo (importante não esquecer a época em que este livro foi publicado, em 1868), que está a passar por alguns momentos complicados mas que não perde nunca os seus principais valores morais e que mostra que o amor e a coragem são mais fortes do que qualquer dificuldade.



As quatro irmãs, muito diferentes entre si, vão aprendendo a "carregar os seus fardos" e a lidar com eles da melhor forma possível, de forma a tornarem-se cada vez melhores versões de si próprias, ajudando a mãe e a família. É claro que existem situações que parecem quase "ridículas" à luz dos dias de hoje e que a visão da mulher é ainda a de responsável pela casa e pelos filhos, mas, por outro lado, também tem personagens mais vanguardistas que querem romper com essa visão, como é o caso de Jo (mais evidente) e de Amy. 


É um livro de leitura muito simples, leve, ideal para ler no verão, na minha opinião. Não sendo o meu clássico da literatura preferido, revelou-se uma leitura muito agradável! Agora, fiquei com muita curiosidade para ler o Boas Esposas, que é a continuação deste livro. 


Já leram este livro? Qual a vossa opinião?


1 comentário:

Com tecnologia do Blogger.