5 Lições Que Aprendi com o Primeiro Emprego

No próximo mês de julho faz 1 ano que me licenciei, oficialmente; em agosto faz 1 ano desde que me inscrevi na Ordem dos Fisioterapeutas; e em setembro faz 1 ano que comecei a trabalhar no meu primeiro emprego. Três datas marcantes que foram um ponto de viragem na minha vida, que marcaram o fim de um ciclo e o início de outro. Acho que, na maioria dos casos, não estamos preparados para os momentos importantes da nossa vida em que uma mudança acontece, contudo, acho que estamos ainda menos preparados para a altura em que entramos efetivamente na vida adulta, em que começamos a ter mais responsabilidades. 

De um modo geral, quando entramos na faculdade para tirar um curso que vai ser a nossa profissão, teoricamente, para o resto da vida, achamos que, quando terminamos o curso, estamos preparadíssimos para exercer essa profissão. Caros amigos, isso é um mito. Inicialmente, achava que isto era só no meu curso, mas em conversa com várias pessoas, cheguei à conclusão de que, de grosso modo, nenhum curso superior nos prepara efetivamente para a vida profissional: dá-nos algumas bases importantes, sem as quais não poderíamos exercer, é verdade, mas tudo o resto só ganhamos com a experiência do dia-a-dia, quando nos surgem os problemas e nós nos vemos obrigados a resolvê-los- Aprendemos com a rotina, com a repetição e com a experiência daqueles que trabalham connosco. E aprendemos também com os nossos próprios erros.

Tendo tudo isto em vista, decidi trazer este post até vocês para todas as pessoas que estão prestes a entrar no mundo do trabalho ou que estão agora a começar o seu primeiro emprego. Eis 5 lições que aprendi ao longo deste ano, com o meu primeiro emprego, à custa dos meus próprios erros, com a rotina do dia-a-dia e com aqueles que trabalham comigo.

1. Só porque são novos (de idade e/ou no emprego) e só porque é o vosso primeiro emprego, não têm de (nem devem) dizer que sim a tudo. Não têm de ser pau para toda a colher, nem tapar os buracos todos que os outros não querem tapar. Só porque são os "novatos" não têm de ser escravos de toda a gente. O não é uma palavra importante que temos de aprender a dizer nos momentos certos e isso não faz de nós piores profissionais.

2. A nossa tendência natural quando começamos algo novo é dedicarmo-nos a isso a 100% e mostrar que estamos empenhados, mas quando se trata do trabalho é importante que também saibamos separar as coisas e ter tempo para termos uma vida pessoal e social. É importante continuar a ter hobbies, a ter o nosso tempo para fazer coisas que nos dão prazer, tempo para descansar, para atividades de lazer... A vida não é só trabalho. 

3. Aquilo que nos distingue e que faz de nós melhores profissionais é a vontade de sermos cada dia melhores e investirmos em nós mesmos. É a prática do quotidiano que nos dá noção do que sabemos, do que não sabemos e daquilo que precisamos de aprender ou aperfeiçoar para sermos melhores profissionais, por isso devemos pegar nisso e investir na nossa formação profissional para nos tornarmos cada dia melhores. Isto não só nos trará mérito e nos distinguirá, como nos vai fazer sentir orgulhosos de nós mesmos.

4. Acreditem sempre nas vossas capacidades. É claro que, quando estamos no nosso primeiro emprego, é normal termos algum receio no início e nos sentirmos um pouco inseguros, mas é fundamental lembrarmo-nos de que errar é humano e de que é com os erros que se aprende. Não devemos ter medo de arriscar um pouco e, acima de tudo, devemos confiar em nós próprios.

5. Deixem o trabalho no trabalho. Evitem ao máximo levar problemas para casa, estar sempre a pensar no trabalho, no que têm de fazer no dia seguinte ou a tentar resolver coisas que tenham ficado pendentes do dia. Isso é exaustivo física e mentalmente. O tempo de descanso serve para isso mesmo, para descansar, e é fundamental para a nossa saúde.

O equilíbrio é fundamental na nossa vida e isso é algo que tenho aprendido desde que comecei a trabalhar, embora ainda não o saiba gerir da melhor forma. Acima de tudo, vão de mente aberta, dispostos a aprender e crescer, mas nunca permitam que os outros vos pisem ou humilhem ou vos façam acreditar que não são suficientemente bons.