"A Rapariga Inglesa" | Review

abril 10, 2023

Eu acho que é clássico de nós, portugueses, dar muito mais valor a tudo quanto vem de fora do que ao que é produzido cá dentro: desde filmes a séries, músicas, livros... Tudo. Os outros são sempre muito melhores em tudo. Esse é um tipo de pensamento que está muito enraizado em nós e, embora eu ache que pode estar a mudar, cabe a cada um de nós tentar contrariá-lo e valorizar aquilo que de melhor nós temos na nossa cultura. Falando particularmente de livros... Há imensos escritores portugueses altamente talentosos de que nunca ouvimos falar ou de que nunca lemos nenhum livro, porque temos sempre tendência a ir buscar os autores estrangeiros mais badalados. O autor do livro de que vos venho falar hoje, apesar de ter nacionalidade americana, é filho de pais portugueses e, como tal, é um dos nossos e partilha as nossas raízes. Eu desconhecia completamente a sua obra até um dia me cruzar acidentalmente com este livro nos saldos do Continente. Fiquei imediatamente curiosa e decidi trazê-lo para casa e que bela surpresa foi!

A Rapariga Inglesa, de Daniel Silva, começa com o desaparecimento de Madeline Hart - uma estrela ascendente no partido britânico no poder: bonita, inteligente, motivada para o sucesso por uma infância pobre, mas também amante do primeiro-ministro britânico, Jonathan Lancaster. Os seus raptores descobriram o romance e decidiram que Lancaster deve pagar pelos seus pecados. Receoso de um escândalo que lhe destrua a carreira, ele decide lidar com o caso em privado, sem o envolvimento da polícia britânica. Trata-se de uma decisão arriscada, não só para si próprio, como para o agente que conduzirá as buscas. Entra em cena Gabriel Allon — assassino implacável, restaurador de arte e espião —, para quem as missões perigosas e a intriga política não são novidade. Com o relógio a contar, Gabriel tenta desesperadamente trazer Madeleine de volta a casa em segurança. A sua missão leva-o do mundo criminoso de Marselha a um vale isolado nas montanhas da Provença, depois aos bastidores do poder londrino e, finalmente, a um clímax em Moscovo, uma cidade de espiões e violência, onde há uma longa lista de homens que desejam ver Gabriel morto. (Fonte)


A escrita magnífica de Daniel Silva e o enredo cativante desta história criam uma simbiose perfeita que nos prende desde a primeira página. Ficamos completamente agarrados à história, a esse grande novelo de segredos e mistérios por revelar que só conseguimos desenrolar completamente mesmo no final. A cada capítulo as coisas se tornam ainda mais emocionantes e o difícil mesmo é parar de ler. Fiquei altamente viciada neste livro e foi isso que me levou a classificá-lo com cinco estrelas.


Adorei conhecer Gabriel Allon e Christopher Keller - dois amigos improváveis que são, no fundo, anti-heróis que conquistam a nossa simpatia, mesmo não sendo personagens perfeitas. Fiquei extremamente curiosa para ler os restantes livros do autor cuja personagem principal é Gabriel Allon. Sei que este não é o primeiro da saga, mas não senti que isso influenciasse de qualquer forma a leitura, porque não houve nada que eu sentisse que tinha perdido ou não entendido por não ter lido os anteriores. Quando comprei o livro não sabia que havia outros, portanto acho que não é obrigatório lê-los por ordem. Agora, fiquei é com muita vontade de ler todos os livros do Daniel Silva e de conhecer toda a história e todas as aventuras do enigmático Gabriel Allon.


Se gostam de livros tipo policial, com mistério e ação, então eu recomendo-vos a 100% que leiam este livro! Eu adorei mesmo e acho que entrou diretamente para o top de favoritos de 2022.


Conhecem este livro? Já leram Daniel Silva?

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